sexta-feira, fevereiro 13, 2015

Viva a rádio!



Comemorando o  dia mundial da Rádio, diria que o mundo muda, a rádio muda, as pessoas mudam, mas a rádio jamais morrerá! Nem televisão, nem Internet nem outra tecnologia, conseguiram aniquilar a magia da rádio.

Do centro da maior cidade do mundo a uma pequena ilha deserta perdida no meio do oceano, a rádio é decerto o meio de comunicação mais acessível a qualquer cidadão.  Basta um pequeno receptor que até pode dispensar a rede eléctrica ou pilhas para estar em contacto com a actualidade da região, do país ou até do mundo. E se a rádio fala do mundo, nós prometemos continuar  a falar do "Mundo da Rádio".

Muito obrigado a todos os que fazem com que a rádio exista e esteja viva!


quinta-feira, fevereiro 12, 2015

Onda Curta da RDP Internacional: «é a economia, idiota!»

Permitam-me a famosa frase marcante da política americana, para sintetizar a real motivação para  a suspensão  temporária da RDP Internacional em Onda Curta.

No último programa da Provedora do Ouvinte da RTP (disponível em formato MP3), Paula Cordeiro respondeu às inúmeras pressões de ouvintes e entusiastas da Onda Curta, tendo assumido, de forma assertiva, inequívoca, clarividente e lacónica, o verdadeiro interesse no desmantelamento deste serviço deliberado pela então administração da empresa, diria eu, com o alto patrocínio do ministro que na altura tutelava a RTP,  Jorge Lacão: a alienação dos terrenos de São Gabriel (Centro Emissor de Onda Curta), no intuito de reduzir a dívida da empresa.

A verdade, qual azeite, acaba sempre por vir ao de cima. Caiu a máscara dos vitupérios lançados a respeito da Onda Curta: a tal coisa obsoleta, desactualizada, avariada, cara, que oferece péssima recepção, que tem uma qualidade de som terrível, entre outras ideias  desmontadas por uma legião de entusiastas da rádio, ouvintes, radioamadores e muitas outros defensores da soberania nacional na HF.

Vender os terrenos próximo da localidade de Canha para pagar a dívida? "Isso é uma enormidade" [sic], retorquia o então administrador Guilherme Costa. Pelos vistos, o então Provedor do Ouvinte, Mário Figueiredo, tinha razão. A importância da divulgação e afirmação da língua portuguesa no Mundo através das ondas de rádio seria totalmente esmagada pelo superior interesse imobiliário dos terrenos onde as antenas estão implantadas. Felizmente, depois de uma administração que quis vender o CEOC, depois de um ministro que quis vender tudo, parece que a nova equipa tenciona pelo menos ponderar a reactivação da Onda Curta. Creio que da fase do "não pode haver Onda Curta", está-se a caminhar para a fase do "talvez". Já não é mau haver esta ponderação. Oxalá que a história não se fique por intenções...