terça-feira, dezembro 18, 2018

Valongo: torre da Rádio Comercial atingida pelo helicóptero ao serviço do INEM

Está oficialmente confirmado: a torre no alto da Serra de Santa Justa, em Valongo, que foi atingida pelo helicóptero que se encontrava ao serviço do INEM e que se despenhou, matando os quatro ocupantes, trata-se, efectivamente, de uma estrutura pertencente a um operador de radiodifusão, mais concretamente, à Rádio Comercial.

A julgar pelas fotografias entretanto publicadas, no meio de tamanha tragédia, a Média Capital Rádios ainda teve muita sorte, porquanto a parte destruída da torre limita-se a uma pequena zona do topo, não tendo afectado significativamente o sistema radiante do retransmissor da Rádio Comercial (98,2 MHz), partilhado com a M80 Valongo (105,8) e a Vodafone FM (94,3 MHz). Em suma, as emissões das rádios da MCR em Santa Justa não foram afectadas pelo acidente.

Naturalmente que, perante uma tragédia de carácter essencialmente aeronáutico, importa esperar que as entidades competentes (GPIAAF - Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e Acidentes Ferroviários etc.) investiguem o que correu mal no fatídico voo. Pela parte da MCR, a empresa assevera que a luz de aviso da torre atingida estava a funcionar à hora da colisão.

Onda Corta en portugués? ¡Por supuesto!

No programa "Em nome do ouvinte" da passada sexta-feira, dia 14 de Dezembro, o Provedor do Ouvinte da rádio pública aborda a situação dos canais internacionais radiofónicos da RTP, a RDP Internacional e a RDP África.

Como não podia deixar de ser, o assunto Onda Curta da RDPi não ficou de fora das críticas do Provedor, havendo até lugar para a ironia da situação: enquanto Portugal abdica de um instrumento importante de soberania radiofónica e de promoção da língua e da cultura do país, no país vizinho a Rádio Exterior de Espanha reforçou as emissões em Onda Curta em português (com sotaque brasileiro).

É bom ver que há emissoras internacionais como a REE a apostar na língua portuguesa? Sem dúvida. Melhor ainda seria se víssemos a administração da rádio pública conseguir perceber o papel único que a Onda Curta desempenhava na aproximação dos emigrantes, dos luso-descendentes e demais lusófonos,
a Portugal. E, quase oito anos volvidos sobre o encerramento das emissões em OC da RDP Internacional, ainda há, felizmente, quem lamente esta decisão. A Internet pode ser censurada num determinado país, as antenas parabólicas podem ser proibidas numa qualquer região... mas a Onda Curta continua a poder ser ouvida por quem quer estar ligado ao seu país, à sua terra natal, às suas raízes.

segunda-feira, dezembro 10, 2018

Madeira: rádios passam a ser escutadas também nos túneis entre a Madalena do Mar e o Arco da Calheta

Segundo a edição deste domingo (dia 9 de Dezembro) do jornal " Diário de Notícias da Madeira" (a propósito, temos de agradecer ao nosso colaborador Tiago Gouveia a fotografia do artigo, já que, de outro modo, não seria possível lê-lo, porquanto a versão online do artigo não está completa), a instalação de um sistema de retransmissão de sinais de rádio no interior dos túneis que ligam a Madalena do Mar (concelho de Ponta do Sol) ao Arco da Calheta (no concelho da Calheta), destinado ao sistema SIRESP, permite também a difusão hertziana de algumas rádios da região dentro destas estruturas rodoviárias. Assim, a partir da próxima semana vai ser possível ouvir em FM, no interior dos túneis referidos, as emissões das três rádios públicas (Antena 1 Madeira, Antena 2 e Antena 3 Madeira), bem como as rádios locais dos dois concelhos, a Rádio Calheta, do concelho homónimo, e a Rádio Sol (do concelho da Ponta do Sol).

Importa recordar que não se trata propriamente de uma novidade inédita na ilha da Madeira: há uns anos, a RDP/RTP instalou um sistema radiante no interior do Túnel de Santa Clara, no Funchal, assegurando a escuta das três rádios públicas por parte de quem atravessa a estrutura.

Aos estimados leitores do blogue que possam ter conhecimento das frequências de rádio FM utilizadas nos túneis entre a Madalena e o Arco, ficaria muito agradecido se alguém tivesse a gentileza de nos informar das mesmas.

sábado, dezembro 08, 2018

Rádio Calheta (Madeira) ganha cobertura nos túneis da região(!?)

Direi que é um bom exemplo de como não escrever uma notícia sobre uma estação de rádio.

Segundo a edição online do "JM", a Rádio Calheta (98,8 MHz), estação local do concelho homónimo na ilha da Madeira (concelho da Calheta) passou hoje a fazer-se ouvir também no interior dos túneis da Madalena do Mar e de acesso ao Arco da Calheta.

Infelizmente, a notícia é suficientemente confusa para não se perceber claramente se a publicação sugere aos ouvintes o acesso à rede móvel 4G instalada recentemente nos túneis, no intuito de ouvirem  online a Rádio Calheta, ou se terão sido instalados sistemas radiantes para FM que além da Rádio Calheta possibilitem, porventura, a cobertura radioeléctrica de outras estações (pelo menos a Antena 1 Madeira e a Antena 3 Madeira, estações públicas com emissões regionais). Ora, para os ouvintes poderá não ser igual ouvir através da tecnologia tradicional do FM ou através do smartphone (onde o acesso à Internet não é, em muitos dos casos, gratuito, dependendo de um "plafond" de dados).

Se algum dos estimados leitores deste blogue localizados na Madeira estiver em condições de me esclarecer, agradeço a colaboração!

sábado, novembro 24, 2018

M80 Rádio encerrou... em Espanha!

Exactamente conforme a frase em epígrafe: a "M80 Radio" espanhola, marca do grupo PRISA que foi adaptada em Portugal, deixou de existir no país vizinho. Em contrapartida, nas frequências da M80 surgiu uma nova emissora: a "Los 40 Classic", uma estação claramente inspirada noutra rádio do grupo, a "Los 40" (mais ou menos o equivalente à Rádio Comercial ou à RFM em Portugal); a nova estação "Los40 Classic"aposta em temas musicais dos anos 80 e 90, sobretudo dentro do género pop.

Entretanto, para já, a marca "M80 Rádio" continua em Portugal, desconhecendo-se qualquer plano para mudar o formato da estação portuguesa.

quinta-feira, novembro 22, 2018

Tragédia de Borba: o verdadeiro papel das rádios locais

Porque vale sempre a pena destacar o papel das rádios locais na informação de proximidade e no acompanhamento da actualidade local, procurando ouvir os anseios e os problemas das populações locais, há que mencionar as rádios locais do Alentejo que, nos últimos têm cobrido o desabamento do antigo troço da Estrada Nacional 255, agora desclassificado, no concelho de Borba. Se a tragédia foi mencionada em muitas rádios locais da região, a começar, naturalmente, pela Rádio Borba, mas também pela Rádio Despertar (Estremoz), Diana FM (Évora), entre outras, importa, sem menosprezo pelo trabalho das demais, salientar o serviço público prestado pela Rádio Campanário (90,6 MHz Vila Viçosa) que, não se limitando a cobrir a situação nos serviços noticiosos, realizou, na passada terça-feira (dia 20/11/2018), um debate com representantes de algumas das pedreiras da região, incluindo alguns dos engenheiros responsáveis por estas indústrias, que analisaram a tragédia. Tomara muitas outras rádios locais (esperemos, contudo, em circunstâncias mais alegres) seguirem este verdadeiro exemplo de serviço público prestado a uma população que quer estar informada sobre o que acontece e porque acontece. Uma verdadeira rádio local é aquela que, não tendo os meios de uma rádio nacional, faz o que pode para acompanhar a actualidade de uma forma tão rigorosa e eficaz e completa quanto possível, mesmo num cenário de consternação e desalento motivado pela perda de vidas humanas num terrível acidente. Numa altura em que seria muito mais fácil ceder ao facilitismo da "playlist" musical em "piloto automático", ainda há, felizmente, quem, nalgumas rádios locais, não desista de cumprir a missão principal de uma rádio local: estar junto das populações que a ouvem.

quinta-feira, novembro 15, 2018

União Europeia quer obrigar auto-rádios novos a terem a tecnologia DAB/DAB+

Quando o Parlamento Europeu aparenta não ter mais nada de importante para discutir, eis que os senhores deputados se lembram de apresentar uma medida de inventivo à escuta das emissões de rádio através da tecnologia digital DAB/DAB+. Se o projecto da directiva europeia for levada avante, os fabricantes de automóveis e os de auto-rádios serão obrigados a fabricar rádios que, podendo manter a funcionalidade de recepção das emissões FM e OM, terão obrigatoriamente de permitir a recepção das emissões digitais DAB/DAB+. Isto se a rádio digital estiver disponível na região do feliz comprador do automóvel novinho em folha...

Já por várias ocasiões falei neste blogue da rádio digital - e mantenho tudo o que escrevi. Se a rádio digital promete ser o futuro em países como o Reino Unido,a Suíça ou a França, há outros países europeus em que, para já, um auto-rádio com DAB só é útil para sintonizar as emissões FM. Com efeito, (já) não existem emissões DAB/DAB+ na Finlândia; bem mais perto de Portugal, na vizinha Espanha só existem emissões digitais nas regiões de Madrid e Barcelona. Outros países europeus têm uma cobertura radioeléctrica do DAB/DAB+ ainda muito limitada. E mesmo na Noruega, país não pertencente à União Europeia mas que teve a atitude radical de desligar as rádios nacionais em FM no ano passado (2017), obrigando as populações a comprarem receptores digitais, há muito boa gente que não ficou muito satisfeita...

E por cá? Como foi dito em Janeiro de 2017, Portugal não tem condições para acabar com a rádio FM a curto prazo. Num país onde as rádios locais sobrevivem mantendo mesas, microfones e outros equipamentos com mais de 20 anos de operação, onde sem a solidariedade dos ouvintes e empresários da região seria muito difícil restabelecer a emissão FM depois de uma estação "ver" a sua torre caída mercê de condições meteorológicas extremas, num país com um dos salários mínimos nacionais mais baixos da Europa e onde muitos profissionais da rádio (inclusivamente na rádio pública) permanecem em situação laboral precária há demasiados anos, diria, socorrendo-me de um ditado popular, que quem não tem dinheiro não tem vícios. Não tenho dúvidas que a digitalização da rádio é o futuro, todavia, ao custo a que está a tecnologia digital nos dias de hoje, não há condições para as rádios portuguesas, especialmente as dos operadores locais, procederem a uma profunda actualização tecnológica compatível com a operação em modo exclusivamente digital. Quiçá se possa pensar melhor quando os custos de aquisição e funcionamento dos equipamentos de emissão em DAB+ diminuam substancialmente...

sexta-feira, outubro 19, 2018

Record FM Leiria muda de frequência, dos 101,3 para os 101,4 MHz

A Record FM Leiria alterou a sua frequência de emissão, dos 101,3 para os 101,4 MHz. Presume-se que esta mudança visa a minimização de interferências da Antena 3 (Gardunha) e da Rádio Nova Era (ambas nos 101,3 MHz sobre o emissor leiriense. A nova frequência deverá, por enquanto, manter-se em fase de testes até à decisão definitiva da ANACOM.

terça-feira, outubro 16, 2018

Furacão "Leslie" destrói torres de emissão de várias rádios

Na madrugada do passado domingo (dia 14/10), o furacão "Leslie" atingiu Portugal, tendo provocado danos materiais consideráveis em determinados pontos do país; se as populações viram várias estruturas não resistir à força dos ventos, houve rádios locais que tão-pouco ganharam para o susto. Se a maior parte dos problemas nas rádios foi já solucionada ou estará em vias de o ser brevemente, existem outras situações onde as estações perderam o "pio" por via hertziana, mercê da queda das respectivas torres de emissão.

A Rádio Amália viu a torre dos 92,0 MHz Loures ser parcialmente derrubada pelo vento forte. Privada da torre, a estação utiliza um emissor que se encontra agora a operar com potência reduzida. De referir que a emissão nos 100,6 MHz Setúbal esteve inoperacional por umas horas, mas foi restabelecida.

Também a Mundial FM (100,5 MHz Vila Nova de Poiares) e a Rádio Universidade de Coimbra (107,9 MHz Coimbra) perderam as torres a partir do qual irradiavam as respectivas emissões FM.

Perante estas situações graves,  resta esperar que a rádios visadas tenham condições para retomar as condições de emissão tão depressa quanto possível.

quarta-feira, outubro 10, 2018

RTP: Centro Emissor de Onda Curta (São Gabriel) ao (quase) abandono

Uma notícia recente publicada no site do jornal "Correio da Manhã" revela o que se temia. O Centro Emissor de Onda Curta da RDP (CEOC), localizado perto da localidade de Canha, no concelho do Montijo, encontra-se praticamente ao abandono (ainda que tenha vigilância), sem ter qualquer utilização a não ser o de armazém de um espólio que merecia estar exposto num novo "Museu da Rádio" em vez de continuar a degradar-se sem honra nem glória.

Como se sabe, as instalações do CEOC em São Gabriel (um esclarecimento:"São Gabriel" não é nenhuma localidade ou um qualquer lugarejo perto das instalações da RTP; na verdade, trata-se simplesmente da designação do terreno onde se insere o CEOC) estão desactivadas desde 2011, na sequência do encerramento das emissões em Onda Curta da RDP Internacional. Aparentemente, há um hipotético interesse na alienação do complexo, integrado numa área de cerca de 90000 metros quadrados.

De referir, a a título de curiosidade, que a notícia já foi traduzida para a língua castelhana, através do sítio "El Radioescucha".

E é assim que o material histórico do serviço público de rádio e, por inerência, propriedade do Estado português, está a ser "estimado" ...

sexta-feira, outubro 05, 2018

Rádio Linear (Vila do Conde) prepara-se para mudar de frequência, dos 104,6 para os 88,6 MHz

A Rádio Linear (Vila do Conde) prepara-se para mudar de frequência a partir do próximo mês de Novembro, dos actuais 104,6 MHz para os 88,6 MHz (antiga frequência da Rádio Voz de Santo Tirso).

Esta alteração deverá ter como objectivo principal não só evitar as interferências dos emissores de Valongo da RR (104,5) e de Santa Maria da Feira do Rádio Clube da Feira (104,7 MHz) sobre os 104,6 MHz, mas, sobretudo, permitir a deslocalização do centro emissor da estação vilacondense. Continua, contudo, a ser de lamentar o sacrifício imposto à estação de Santo Tirso (interferida pela TSF nos 107,4 MHz), a favor da cobertura da Rádio Linear.

sexta-feira, setembro 07, 2018

Faleceu Maria José Mauperrin

Desaparece uma das grandes senhoras da rádio em Portugal. A locutora e realizadora Maria José Mauperrin faleceu hoje aos 89 anos. Tendo passado pela Emissora Nacional, pelo Rádio Clube Português e pela então RDP- Rádio Comercial. Ficou conhecida do público por dar a voz a programas como o "Café Concerto" ou o "Quatro temas em Dezembro". De referir que, além da rádio, foi também colaboradora do jornal "Expresso".

À família enlutada, colegas e amigos da Maria José Mauperrin, resta-me apresentar as minhas condolências. Que descanse em paz.

segunda-feira, agosto 27, 2018

"Estádio" - a nova rádio portuguesa dedicada ao desporto

"Estádio". É o nome da rádio que vai ser brevemente lançada em Portugal. A estação vai ler liderada pelo empresário Bruno Costa Carvalho promete apostar sobretudo no futebol, 24 horas por dia, embora promete abordar outras modalidades sempre que se justificar.

Para já, sabe-se que a estação efectuou um investimento de cerca de 3 milhões de euros numa frequência (que é como quem diz, numa rádio já existente e com alvará válido), esperando poder arrancar até ao final deste ano (porventura em Novembro).

sexta-feira, agosto 24, 2018

Rádio Voz de Santo Tirso muda de frequência, para os 107,4 MHz (!)

A Rádio Voz de Santo Tirso prepara-se para, no próximo dia 1 de Setembro, alterar a frequência de emissão, dos actuais 88,6 MHz para os 107,4 MHz.

Escusado será dizer que se trata de uma decisão que em nada vai beneficiar a rádio; bem pelo contrário, não é difícil perceber que a vai prejudicar fortemente em termos de cobertura radioeléctrica. A cerca de 140 km em linha recta de Santo Tirso, no Trevim (cume da Serra da  Lousã) existe um emissor com 50 kW e que opera a TSF, nada mais, nada menos que na mesmíssima frequência de 107,4 MHz. O resultado previsível? De um lado, um poderosíssimo emissor da TSF, que, com mais falhas, menos falhas, se ouve de Lisboa ao Minho; do outro lado, no concelho de Santo Tirso, temos a Rádio Voz de Santo Tirso a operar precisamente na mesma frequência, com a modesta potência de 400 W. Não é difícil adivinhar o que vai suceder...

sexta-feira, agosto 10, 2018

Rádio Meo Sudoeste com emissor temporário na Zambujeira do Mar

Uma breve nota para informar que, até  amanhã (sábado dia 11),  e  por ocasião do Festival Meo Sudoeste, a Rádio Meo Sudoeste, à semelhança do que fez em anos anteriores, instalou um emissor com carácter temporário, que serve a zona do festival (Zambujeira do Mar), a operar nos 100,7 MHz.

quinta-feira, agosto 02, 2018

RTP: rádio pública faz anos - e recebeu uma "prenda" há muito esperada!

A rádio pública está por estes dias a celebrar 83 anos de vida (a antiga Emissora Nacional "nasceu" no dia 1 de Agosto de 1935, mas foi oficialmente inaugurada no dia 4 de Agosto) e acabou por receber a "prenda" reclamada há meses.

Num dia de calor tórrido, os técnicos da RTP, quais valentes "guerreiros do éter", foram incansáveis na sua missão de instalar, na nova torre da rádio pública, erguida há pouco tempo no alto do Monsanto, em Lisboa, os novos elementos radiantes e demais componentes necessários ao restabelecimento das condições adequadas de emissão para toda a Grande Lisboa, margem Sul do Tejo e restante área geográfica coberta pelos emissores FM implantados na serra lisboeta. O vídeo, publicado na rede social "Facebook" (mas é público, por isso pode ser visualizado por qualquer cibernauta) pelo jornalista da RTP Fernando Gonçalves de Andrade e com imagens  de Carlos Pinota, fala por si.

Finalmente! Quase 8 meses depois, as rádios do serviço público voltam a poder operar "a todo o gás" a partir de um dos centros emissores mais importantes do país. Obrigado e parabéns, RTP! E, em especial, o meu muito obrigado aos técnicos que colocam acima  de tudo o seu profissionalismo em prol dos ouvintes!


domingo, julho 22, 2018

Antena 1 transmitiu relato do europeu de hóquei em patins!

Se o futebol é o desporto-rei em Portugal, que, com ânimos mais calmos ou mais exaltados, consubstancia o cerne de inúmeras discussões a respeito da qualidade e da imparcialidade dos profissionais que fazem os relatos, nomeadamente nas rádios, não é menos verdade que há outras modalidades desportivas que mereciam (voltar a) ter destaque na programação e nos espaços informativos das rádios.

Para quem, nos últimos dias, não tenha acompanhado a televisão (RTP), não fosse as breves menções na Antena 1 e os ouvintes mal imaginavam que a Selecção portuguesa, não do futebol mas a do hóquei em patins, chegou à final do campeonato europeu. A única promessa da Antena 1? Se Portugal chegasse à final, então haveria direito ao relato do jogo, na Antena 1.

Domingo, dia 22 de Julho de 2018. Portugal joga contra a Espanha na final do Europeu de hóquei em patins. A Antena 1 é a única rádio portuguesa que, por um dia, volta a ter o relato de um jogo que não seja de futebol. O veredicto? Ainda que o nosso país não tenha ganho mais um título, quem ficou a ganhar foi a rádio. Nomeadamente a rádio pública, que prestou um verdadeiro serviço público ao cobrir um evento desportivo de uma modalidade com longa tradição em Portugal, mas quase que condenada ao ostracismo pelas rádios. Longe vão os tempos em que era habitual ouvir-se relatos de hóquei nas rádios em Portugal. Agora, é preciso que a Selecção nacional chegue ao final de um campeonato europeu para que alguém da rádio se lembre que há quem, por estar a conduzir ou por qualquer outra razão, não tenha acesso a um televisor para acompanhar um jogo decisivo para o desporto português e recorra ao som da Antena 1 para saber, em tempo real, quem ganhou. Apesar de tudo, lamento que a Antena 1 não tenha acompanhado os jogos anteriores, mormente os decisivos (quartos de final, meia final etc.). Todavia, considero que esta  transmissão já é um avanço, tendo em conta o menosprezo pelo desporto que a comunicação social mantém, quando se põe de lado o futebol. Em três palavras: Obrigado, Antena Um! (por nos fazerem lembrar que há mais desporto para além do omnipresente futebol)

Actualização: a TSF  também transmitiu o relato do jogo. Fica o reparo.

domingo, julho 01, 2018

Rádio Horizonte Açores - Terceira (Angra do Heroísmo altera frequência da microcobertura

Segundo o nosso colaborador "P. Pinto", a Rádio Horizonte Açores - Terceira, estação local do concelho  de Angra do Heroísmo, alterou a frequência de emissão da sua microcobertura com 50 W P.A.R., que opera a partir da Serra do Cume (concelho da Praia da Vitória), agora  nos 98,1 MHz (ex-98,4). O emissor principal, localizado na Serra de Santa Bárbara, mantém-se nos 104,4 MHz.

quinta-feira, junho 28, 2018

RTP - rádio em Lisboa: condições de recepção

Porque um vídeo vale por vezes mais que mil palavras, deixo aqui, sem mais comentários, o meu testemunho do "excelente" serviço público que a RTP tem prestado aos ouvintes de Lisboa. Para quando uma torre nova no alto do Monsanto, senhores da Rádio(?) e Televisão de Portugal?


AVFM (Ovar) regressa aos 98,7 MHz

Uma breve nota para referir que a "AVFM", estação local do concelho de Ovar, regressou recentemente à frequência original (98,7 MHz), depois de ter ter mudado de frequência a título experimental, dos 98,7 para os 98,6 MHz, há alguns meses.

sábado, junho 23, 2018

RTP - Raios Te Partam!

RTP. Podia ser a sigla de "Raios Te Partam", a julgar pelo enorme respeito que a Rádio (?) e Televisão de Portugal tem pela rádio pública.

Se não bastava o subfinanciamento da rádio, nos últimos dias assistiu-se ao lançamento de mais uma acha para a fogueira: a precarização do trabalho na RTP-rádio chegou ao ponto de, entre uma e outra promessa jamais cumprida, um dos maiores vultos da rádio em Portugal, o grande António Macedo, teve de recorrer à via judicial para cessar a actividade laboral na RTP  com direito a indemnização. Não foi um ano, não foram 2; foram 15 anos de trabalho na Antena 1, a marcar as manhãs da rádio pública, com um profissionalismo irrepreensível, respeitado por colegas e inúmeros ouvintes, sem direito a um contrato de trabalho digno. Uma década e meia a passar recibos verdes, como se apenas os profissionais da empresa que exibem a carinha laroca e bem maquilhada na televisão tivessem direito a um contrato efectivo.

Sendo certo que, mercê do acordo judicial entre as partes, o próprio António Macedo não se pode pronunciar acerca do processo, vale, contudo, a pena ouvir o último programa do Provedor do Ouvinte, transmitido ontem, dia 22 de Junho (intitulado "A saída de António Macedo e o desinvestimento na rádio pública"). Uma empresa pública como a RTP, com as obrigações de serviço público consagradas na lei, não devia dar-se ao luxo de desprezar um profissional com o calibre do António Macedo. Não havia dinheiro para um contrato, mas depois a empresa foi obrigada a arranjá-lo para pagar a indemnização? Porventura não seria mais vantajoso para ambas as partes jamais chegar-se ao actual estado de coisas e integrar, na altura devida,  o António Macedo nos quadros da RTP?

Como se não bastasse, a empresa que menospreza o elenco das estações de rádio do grupo, continua a manter a rádio pública impotente. Sim, impotente para se ouvir condignamente na Grande Lisboa. Impotente para se escutar em boas condições num pequeno rádio de bolso, nalgumas zonas de Lisboa. Impotente para se ouvir com som estereofónico cristalino em vários concelhos próximos da capital portuguesa. Impotente ao ponto de, se porventura não houvesse o centro emissor da Banática (Almada), uma boa parte do Sul da cidade das 7 colinas não conseguia sintonizar, com o mínimo de qualidade, a Antena 1, a Antena 2 e a Antena 3. Se a situação não fosse trágica, sobretudo quando, por força das circunstâncias, mantêm-se exactamente igual ao fim de 6 meses, poderia merecer a chacota de se ver a RTP receber o prémio europeu da rádio pública que se ouve pior dentro da própria capital do respectivo país! Repito: 6 longos meses, sem que se vislumbre a mais pálida intervenção técnica no sentido de se preparar a instalação de uma nova torre no alto da Serra do Monsanto.

Estimado Dr. Gonçalo Reis, como presidente da empresa, proponho-lhe um desafio: experimente dar um passeio no seu belo automóvel, por toda a Grande Lisboa, Estremadura e margem Sul do Tejo, com o rádio sintonizado na Antena 1. Diga-nos, no final, a nós, contribuintes da CAV e ouvintes da rádio pública, o que achou das condições de recepção. Se, porventura, considerou a recepção excelente, queira indicar-nos o modelo de auto-rádio que tem no seu carro e que antena tem instalada, porquanto creio tratarem-se de equipamentos especiais, com uma qualidade topo de gama, fora de série. Mais: mesmo dentro da capital, a recepção da RDP África falha, em certos pontos da cidade. Será que dentro da própria cidade de Lisboa, é justo haver ouvintes de 1ª que podem ouvir a RDP África e ouvintes de 2ª, que constatam a volatilidade do sinal, especialmente em movimento (auto-rádio)?

Dr. Gonçalo Reis e demais membros do Conselho de Administração da RTP, e que tal passar das palavras aos actos e discriminar a rádio de forma positiva, no próximo orçamento da empresa? Não chegam 15 anos de desprezo pela rádio, canalizando quase tudo para a televisão? Vamos recuperar o prestígio da rádio? Vamos disponibilizar meios financeiros para novos emissores, novas antenas, novas mesas de som, novos microfones, renovar os estúdios das rádios e o que mais for necessário para equipar a rádio pública com os meios técnicos e humanos imprescindíveis à prestação de um serviço público de rádio com qualidade?


quinta-feira, junho 21, 2018

Rádio Nova Antena (101,3 MHz Montemor-o-Novo) sem emissão devido ao mau tempo!

A Rádio Nova Antena (101,3 MHz Montemor-o-Novo) não se encontra a emitir desde a noite de ontem, mercê da forte trovoada que se abateu sobre a região, que terá provocado danos em equipamentos da estação. Não se conhece a dimensão dos prejuízos, mas a estação promete voltar ao ar assim que seja possível.


Actualização (22/06): situação aparentemente normalizada, segundo a própria estação.

domingo, junho 17, 2018

Rádio Comercial tem nova frequência em Viana do Castelo

Porque nunca é tarde para corrigir um erro técnico evidente, a Média Capital Rádios  desactivou, há uns meses, o emissor da Rádio Comercial em Esposende (89,3 MHz). Em contrapartida, os técnicos da MCR instalaram um emissor no Alto da Galeão, em Darque (Viana do Castelo), que irradia a Rádio Comercial na mesma frequência (89,3 MHz).

Na prática, podemos considerar que a estação de âmbito nacional deslocalizou o emissor de Esposende (que era praticamente inútil, porquanto servia uma área bem servida por outros emissores), para Viana do Castelo (onde a recepção da Comercial sempre foi condicionada pelo facto de não haver emissor no Muro (Serra Amarela)). Segundo o nosso forense P.Pinto, o novo emissor (em fase de testes), que serve não só a própria cidade de Viana do Castelo como também algumas localidades da região, nomeadamente as zonas de Darque, Anha, Castelo do Neiva, Meadela e Santa Marta de Portuzelo, utiliza a torre da RDP/RTP  instalada em Darque e que outrora transmitia as rádios públicas através do sistema DAB.

Com esta alteração técnica, a Rádio Comercial passa a escutar-se de forma cristalina em praticamente todas as capitais de distrito do continente (quiçá à excepção de Setúbal). A nível nacional, a Rádio Comercial continua a não se fazer ouvir por via hertziana nos arquipélagos da Madeira e dos Açores; no continente, seria importante instalar um emissor na Serra da Marofa  ou noutra localização que servisse o Vale do Côa, além de uma microcobertura em Setúbal. Depois de Moledo e de Viana do Castelo, talvez  fosse importante pensar na possibilidade de reforçar o sinal noutros concelhos do Alto Minho, tendo em conta que a não existência de um emissor no Muro (e a inviabilidade técnica de o activar, mercê da saturação do espectro) dificulta  a recepção da Rádio Comercial em boa parte da região, que depende das frequências de Braga (99,2) e do Monte da Virgem (97,7 MHz) para sintonizar a emissora.

terça-feira, junho 12, 2018

António Macedo sai da RTP (e, por conseguinte, da Antena 1)

O radialista António Macedo, que juntamente com o Francisco Sena Santos, fazia as manhãs da Antena 1, saiu da RTP , na sequência de um processo judicial resultante da continuação da actividade do profissional a recibos verdes, durante 15 anos. Farto da precariedade laboral na RTP, o António Macedo chegou a acordo com a entidade patronal, tendo a receber do operador público mais de 100000 euros.

Fazendo uma retrospectiva rápida pelo percurso profissional do António Macedo como profissional da rádio, iniciou a sua actividade na Rádio Comercial de Angola, tendo, mais tarde, ingressado na Rádio Comercial. Em 1988, foi, com o Emídio Rangel e outros profissionais, um dos fundadores da TSF. Mais tarde, entrou para a RTP, de onde saiu ontem.

Ao António Macedo, não posso deixar de esperar voltar a ouvi-lo tão brevemente quanto possível numa outra rádio (a não ser que deseje reformar-se). Um grande profissional com a qualidade do António Macedo não merece, seguramente, ficar "encostado" numa qualquer "prateleira" de um estúdio de rádio; merece, certamente, liderar um período horário numa TSF ou Rádio Renascença, por exemplo.

sexta-feira, junho 08, 2018

RTP vai relançar, mais uma vez, a "Rádio Mundial"

Por ocasião do Mundial de Futebol que se avizinha, a rádio pública prepara-se para, à semelhança do que fez noutros anos, emitir todos os relatos de futebol do Mundial através da Internet e da Onda Média da "Rádio Mundial" (desdobramento da emissão da Antena 1).

Quase que seria uma não-notícia, não fosse o quase caricato (o melhor adjectivo seria: "trágico") da situação; com a política de manutenção "esmerada" da rede de emissores em Onda Média, que se tem resumido à prática de encerrar de vez emissores quando a sua reparação é demasiado cara, os ouvintes que queiram ouvir a Rádio Mundial no Porto ou em Faro, por exemplo, são obrigados a recorrer à Internet, porque não há, praticamente, sinal da Antena 1 na Onda Média no Norte e no Algarve. Pode não ser a intenção da RTP, todavia, esta situação acaba por, em certa medida, a não ser que a rádio pública instale um emissor FM temporário no Grande Porto para a  Rádio Mundial (e, quiçá, em Faro), discriminar os ouvintes em função da região  do país onde se encontram,  Por um lado, os ouvintes em Lisboa, em Coimbra ou em Vila Real, para dar 3 exemplos de capitais de distrito, podem ouvir todos os jogos por via hertziana; por outro, quem vive na cidade do Porto, em Matosinhos, em Gaia, em Famalicão, em Braga, em Faro, em Olhão ou em Sagres, vai ter de se ligar à Internet se quiser ouvir a emissão desdobrada da Antena 1...

quinta-feira, maio 17, 2018

Vodafone Rally de Portugal 2018 com emissões na rádio pública:

O "Vodafone Rally de Portugal 2018" decorre de 17 a 20 de Maio e a rádio pública (RTP) está a transmitir em directo as várias etapas da competição. Além de alguns espaços na emissão nacional da Antena 1, o evento tem direito a uma rádio (Antena 1 Rali) que é transmitida via Internet, mas também no FM. A Antena 1 Rali é retransmitida por várias rádios locais, além de utilizar 2 emissores temporários, nas seguintes frequências:


  • 91,5 MHz - Exponor (Leça da Palmeira/ Matosinhos) - emissor temporário
  • 102,1 MHz - Avenida dos Aliados (Porto) - emissor temporário
Rádios locais:
  • 89,2 MHz - Golo FM (Amarante)
  • 97,0 + 101,7 MHz Viana do Castelo  - Rádio Alto Minho
  • 100,6 MHz Cabeceiras de Basto  - Rádio Voz de Basto
  • 96,3 MHz Vila Real -  Rádio Voz do Marão
  • 91,6 MHz Vieira do Minho - Rádio Alto Ave
Mais informações sobre as emissões especiais podem ser consultadas no "site" da RTP.

domingo, maio 13, 2018

Festival Eurovisão da Canção

Não podia escrever este texto sem começar por congratular os profissionais da RTP que, com o apoio da EBU e de outras entidades, foram, por estes dias, incansáveis a trabalhar para que nada faltasse, do ponto de vista técnico, à realização do Festival Eurovisão da Canção 2018. Sem o empenho dos profissionais da televisão (mas também da rádio), jamais seria possível organizar em Portugal, de forma irrepreensível, um  evento desta envergadura.

Não obstante a evidência de que o Festival da Eurovisão é um evento sobretudo televisivo, a rádio também esteve presente na cobertura em tempo real do que se passava na Altice Arena. Se a Antena 1 marcou presença, há que destacar também outras rádios europeias  que transmitiram a final para os respectivos países. A começar pela emissora pública britânica "BBC Radio 2", que por sinal teve um comentador à altura do evento; numa rápida incursão pelo universo das rádios  online, constatei que o Festival estava também a ser transmitido na Noruega (NRK P1), Itália (RAI Radio 2), Islândia (RÚV Rás 2), Ucrânia (UR 2 Promin), Albânia (Radio Tirana 2), Finlândia (YLE Etela-Savon Radio), Estónia (ERR Raadio 2) e Moldávia (Radio Moldova), pelo menos.

Por outras palavras, aos 200 milhões de espectadores (400 milhões de olhos (!) ) que viram o espectáculo através da televisão, há que somar os ouvintes de pelo menos 10 rádios! Estamos certos que, antes da Eurovisão, nenhum outro evento havia sido feito em Portugal com uma cobertura radiofónica simultânea tão vasta, do ponto de vista geográfico - nem mesmo o Euro 2004 (acredito que também houve outras rádios europeias e, quem sabe, australianas, a retransmitir o sinal da Eurovisão).

Portugal está  de parabéns pelo êxito na organização exemplar do Festival. E, neste aspecto, a RTP merece os mais sonoros aplausos. Porque o serviço público de rádio e televisão também passa pela capacidade de mostrar um Portugal moderno e competente para realizar um espectáculo internacional desta dimensão.

segunda-feira, maio 07, 2018

Antena 1 no Festival Eurovisão da Canção 2018

Pela primeira vez na história da música, o Festival Eurovisão da Canção realiza-se em Portugal e, se a RTP é a televisão organizadora do evento, a rádio pública não fica de fora da cobertura do maior espectáculo internacional de música do mundo. A Antena 1 está a realizar vários directos a partir dos locais de reportagem que o justifiquem; os horários da programação especial podem ser consultados no sítio da RTP. Parece que a rádio vai, inclusivamente, transmitir a final do Festival, na noite do próximo sábado, dia 12 de Maio.

Se o Festival da Eurovisão movimenta cerca de 200 milhões de telespectadores em todo o mundo, a rádio também se alia à televisão e, a par da portuguesa "Antena 1", outras rádios europeias (e, quiçá, mundiais) associadas à EBU, incluindo a rádio pública britânica "BBC Radio 2", transmitirão, a partir de Lisboa, a final.

quarta-feira, maio 02, 2018

Antena 9 (Horta - ilha do Faial, Açores) testa mudança de frequência numa das microcoberturas: 94,4 MHz

A Antena 9, rádio local da cidade da Horta (o único concelho na ilha açoriana do Faial), está a testar uma nova frequência para uma das suas microcoberturas. A estação, que tem o seu emissor principal a  irradiar nos 91,3 MHz com 500 W a partir do Cabeço Gordo, opera também através de 3 microcoberturas de 50 W, a saber: 95,9 MHz (Espalhafatos - Ribeirinha), 102,2 MHz (Espalamaca) e, agora, nos 94,4 MHz (substituindo a frequência 94,9 MHz  no emissor de Cabeço Verde).

quarta-feira, abril 25, 2018

26-04-2018: Antena 3 comemora 24 anos de vida!

É já amanhã, dia 26 de Abril de 2018, que a Antena 3 celebra o seu 24º aniversário. O terceiro canal da rádio pública prepara uma emissão especial, que decorre das 7h00 do dia 26 até às 7h00 do dia 27; durante 24 horas, a estação fará uma viagem sonora pelos arquivos históricos de 24 anos, desde o ano de 1994 até 2018.

Sem dúvida, uma excelente iniciativa da rádio "Alternativa Pop", que, seguramente, merece, no mínimo, que amanhã "piquemos o ponto" no som da 3.

domingo, abril 22, 2018

Rádio Jornal do Centro (Carregal do Sal) testa nova frequência (98,9 MHz)...

A Rádio Jornal do Centro ( Carregal do Sal - distrito de Viseu) encontra-se (novamente) a testar uma nova frequência. Recorde-se que, há cerca de 2 anos, a estação mudou dos 101,4 para os 98,8 MHz, depois de, em 2012, ter testado os 101,3 MHz; aparentemente, os 98,8 são também uma frequência que não está também isenta de problemas, pelo que a estação está a testar  os 98,9 MHz.

sábado, abril 14, 2018

Reino Unido: "Absolute Radio" reduz cobertura diurna na Onda Média!

Mais um triste sinal dos tempos, respeitante às emissões em amplitude modulada na faixa de Onda Média, desta vez vindo do Reino Unido.  A "Absolute Radio", estação de música que, em certa medida, pode ser comparada à M80 portuguesa,  vai reduzir a cobertura diurna na faixa de Onda Média, de cerca de 90% da população para 85%. Esta decisão já terá sido aprovada pela Ofcom (a congénere britânica da ANACOM) e visa, à semelhança do que já aconteceu, infelizmente, com muitas estações (incluindo por cá, a Rádio Sim), a redução de custos; tal será feito à custa do encerramento de alguns emissores e a redução da potência de outros (Brookmans Park, Droitwich, Moorside Edge, Westerglen e Washford).

Com as alterações técnicas aprovadas e que deverão ser implementadas em breve, algumas zonas do território britânico perderão o sinal hertziano analógico da estação (não obstante, grande parte da população poderá ouvir a "Absolute Radio" também por via digital através do sistema DAB, além de estar igualmente disponível em vários serviços de televisão e, naturalmente, também pode ser escutada via Internet). De referir que a rádio também é servida via FM em Londres e no condado de West Midlands. Voltando à Onda Média, não deixa de ser curioso notar que, mercê da redução de interferência entre emissores (por operarem com menos potência), há um pequeno conjunto de regiões onde a recepção, em vez de piorar, deverá melhorar. Por cá, em Portugal, a "Absolute Radio" é audível de noite nas diversas frequências em que opera (maioritariamente nos 1215 kHz, mas também nos 1197, 1233, 1242 e 1260 kHz).

E assim a Onda Média vai, infelizmente, e de forma lenta, morrendo...

M80 lança 11 webrádios!

A M80 Rádio renovou recentemente o "site" da estação e os ouvintes ganhavam uma grande novidade: a partir de agora, além da emissão online da rádio, há mais 11 webrádios que podem ser escutadas; a saber: M80 60's, M80 70's, M80 80's, M80 90's, M80 Rock, M80 Ballads, M80 Pop, M80 Dance, M80 Indie, M80 Soul e M80 Portugal.  Estas estações podem também ser ouvidas através da aplicação móvel da estação.

Uma boa decisão por parte da MCR, numa época em que a audição de rádio via Internet já é um hábito comum a muitos ouvintes. A título pessoal, considero que as "playlists" poderiam ser melhoradas, mas não deixa de ser uma excelente iniciativa (ao nível do conceito).

terça-feira, abril 03, 2018

Rádio Valdevez com centro emissor "totalmente destruído" por uma trovoada!

A Rádio Valdevez, estação local do concelho de Arcos de Valdevez (distrito de Viana do Castelo), que opera nos 96,4 MHz 1 kW e 100,8 MHz 0,05 kW, encontra-se sem emitir por via hertziana desde a passada sexta-feira, dia 30 de Março, depois de ter visto o seu centro emissor principal sofrer danos graves na sequência  de uma trovoada que se abateu sobre a região. Consequentemente, a estação encontra-se, aparentemente,  a emitir apenas via Internet.

Ao que se sabe, os prejuízos ascendem às dezenas de milhares de euros. Esperemos que a Rádio Valdevez consiga satisfazer as condições necessárias à recuperação das emissões FM tão depressa quanto possível.

sábado, março 24, 2018

RTP: rádio pública a cair aos bocados (quase literalmente)

Que a rádio pública enfrenta os constrangimentos decorrentes da falta de investimento ao longo de anos, já sabíamos. Todavia, o programa "Em nome do ouvinte", do passado dia 16 de Março, mas sobretudo o comunicado recente da Comissão dos Trabalhadores da RTP, colocam a nu a verdadeira dimensão do problema, depois de uma reunião com o Conselho de  Administração, o Director de Engenharia, Sistemas e Tecnologia, Eng. Carlos Gomes e o Diretor de Produção, Eng. Carlos Barrocas.

Ficou-se a saber que o principal estúdio da Antena 1,  o Estúdio 5/6, esteve inoperacional durante mais de uma semana, devido a avaria na mesa de emissão. obrigando a rádio pública a utilizar outro estúdio e, como sempre, a improvisar para assegurar as emissões.

A Comissão de Trabalhadores refere também,  como seria da esperar, o colapso da torre na Serra de Monsanto, em Lisboa. O Conselho de Administração da RTP respondeu que, dos 150000€ necessários à reposição de uma torre e antenas novas em Monsanto,  foram já adjudicados 50 mil euros para comprar novas antenas, esperando-se que a conclusão do processo ocorra no próximo mês de Junho.

Ainda a respeito da rede nacional de emissores da Antena 1, Antena 2 e Antena 3, o Engº Carlos Gomes  afirmou que, neste momento, existe apenas um centro emissor a precisar de uma antena, que é o emissor da Foia (Serra de Monchique). O equipamento já terá sido adquirido, todavia ainda não foi instalado mercê das condições atmosféricas.

Uma avaria aqui, uma avaria ali, um estúdio sem mesa, porventura uma mesa sem estúdio, um emissor sem torre, porventura uma torre sem antena, um mobiliário a cair de podre, equipamento avariado que não é alvo de reparação por receio de estragar mais do que está... e assim vai a rádio do Estado, paga através da Contribuição Audiovisual. Um dia falta o queijo, outro dia não há azeite, no outro dia, nem azeite nem ovos, no outro dia não há prato para bater os ovos, no outro dia o fiambre está já com bolor e escasseia o leite para juntar aos ovos a serem batidos, no dia seguinte, nem há garfo para bater os ovos... e os profissionais da rádio são obrigados a "cozinhar" uma "omelete" com a vergonhosa falta de "ingredientes" e "utensílios de cozinha" que têm de enfrentar.  Porque a grande "fatia" do "bolo" fica-se pela televisão, obrigando a rádio  a aproveitar as miseráveis "migalhas" para cozinhar a "omelete". Até quando?

segunda-feira, março 19, 2018

"Mundo da Rádio" agora também no Twitter

Uma breve nota para informar os caros visitantes do blogue que o "Mundo da Rádio" já está (novamente) na rede social "Twitter". Dado que a conta anterior foi suspensa, tive de criar uma conta nova no endereço: https://twitter.com/mundo_da_radio .

Naturalmente que este serviço permite não só visualizar as mensagens por mim publicadas, mas também aos seguidores colocarem questões que possam ser respondidas de uma forma muito sucinta, ou tecerem comentários úteis, bastando mencionar a conta (@mundo_da_radio).

sexta-feira, março 16, 2018

RTP- rádio: emissores da Foia (Serra de Monchique) com graves problemas técnicos!

Não costumo utilizar o blogue para relatar avarias técnicas, todavia a situação na RTP merece mais um artigo.

Se o departamento técnico da rádio pública, quiçá o parente pobre de toda a empresa, faz os possíveis e os impossíveis (dentro do apertadíssimo orçamento) para manter os emissores da Antena 1, Antena 2 e Antena 3, em Portugal continental,  Madeira e Açores, a funcionar, a verdade é que, aparentemente, as condições técnicas de emissão se vão degradando dia após dia. Não bastava a queda da torre no alto do Monsanto, em Lisboa, agora tinha de vir outro importante emissor a sofrer uma avaria grave. Com efeito, desde há uns dias que as emissões da Antena 1 (88,9 MHz), Antena 2 (91,5 MHz) e Antena 3 (101,9 MHz) na Foia (cume da Serra de Monchique), se encontram a operar com  potência reduzida. Ao que se sabe (informação da RTP dada a alguns ouvintes), os emissores estarão a funcionar com um sistema radiante provisório.

Como não chegava vermos a Grande Lisboa ter direito a ouvir as rádios públicas em condições sofríveis, chega a vez do Algarve, Baixo Alentejo e litoral alentejano provarem do mesmo triste "veneno".

Caro Dr. Gonçalo Reis, vou fazer-lhe uma proposta: que tal aprovar financeiramente um plano de reestruturação, renovação e manutenção do parque de emissores FM da rádio pública, do Monte de São Bartolomeu (Bragança) até à Serra de Monchique, de Valença a São  Miguel (Faro), passando pelas ilhas açorianas e pelas ilhas da Madeira e do Porto Santo? Quiçá fosse uma boa ideia... Os ouvintes agradecem!

sexta-feira, março 09, 2018

Os "homens invisíveis" da rádio pública

Ainda na sequência da queda da torre no alto do Monsanto, em Lisboa, o Provedor do Ouvinte da RTP dedicou o último programa "Em Nome do Ouvinte", que foi hoje para o ar, aos - e cito - "homens invisíveis" que sobem às torres da RTP para assegurar as emissões da rádio pública.

Não tendo o protagonismo dos locutores e dos jornalistas, nem sendo, regra geral, mencionados nos programas de rádio, os técnicos são incansáveis na resolução dos problemas que afectam os emissores FM e de Onda Média da Antena 1, Antena 2, Antena 3 e RDP África em Portugal, mas também, ocasionalmente, nos PALOPS (nas zonas onde há cobertura FM da RDP África) e até em Timor-Leste (Antena 1 e RDP Internacional). Faça chuva ou faça sol, caia neve ou esteja um magnífico dia de Primavera, são estes homens corajosos quem, escalando de torre em torre, armados com ferramentas e equipamentos de segurança, permite aos ouvintes acompanharem a actualidade radiofónica. Pelo notável trabalho que fazem, certamente que mereceram a homenagem do Provedor do Ouvinte. E, a título pessoal, não posso deixar de agradecer a todos os técnicos, não só na RTP como também nos operadores privados, o verdadeiro serviço público que prestam às populações que escutam rádio.

terça-feira, março 06, 2018

RTP (Rádio e Televisão de Portugal)... ou TP (Televisão de Portugal)?

Como diz o povo, há que chamar os bois pelos nomes.

A rádio pública, a tal que, ao contrário dos operadores privados, é exclusivamente financiada pelo Estado e pela contribuição audiovisual (que, em 2018, se estima chegar aos 186.2 milhões de euros) não se ouve adequadamente na capital do país, em Lisboa, por causa de um problema técnico (destruição da torre na Serra do Monsanto) que pode ser mitigado por uns meros 150000 € (0,08%, disse bem: zero vírgula zero oito por cento da CAV)... e, volvidos 3 meses, os técnicos, que fazem o que podem com os parcos recursos disponíveis, continuam à espera que a administração da empresa desbloqueie a verba.
A mesmíssima RTP que "matou" a Onda Curta da RDP Internacional, que vai "matando" a Onda Média, que desligou os emissores DAB, que aliena o centro emissor de Miramar (Vila Nova de Gaia) e que pretende vender o CEOC- S. Gabriel (Canha - concelho do Montijo)... nem sequer se digna a garantir o funcionamento da rede de emissores FM das estações de serviço público!
Não há dinheiro disponível? É preciso tanta burocracia para o departamento de engenharia conseguir os fundos de que precisa para cumprir a sua função? Para se pagar os direitos de transmissão do futebol na televisão pública é preciso tanta burocracia? Para se pagar 7500€ por mês ao José Carlos Malato (ainda que a RTP- televisão seja também financiada por publicidade comercial), será necessário esperar tanto tempo pela luz verde da administração da casa? Para se pagar 15000€ por mês ao Fernando Mendes e à Catarina Furtado, haverá que colocar tantos constrangimentos? Para se pagar certas mordomias, os gestores financeiros levam também meses a decidir? 
Mas afinal, e voltando ao princípio do texto, a empresa chama-se "Rádio e Televisão de Portugal" ou chama-se simplesmente "Televisão de Portugal"? A rádio pública é o parente pobre da televisão? A rádio funciona sem a intervenção dos técnicos que asseguram o bom funcionamento dos emissores? Ou vai-se reduzindo de forma ridícula as condições técnicas da RTP-rádio ao ponto de se achar que nem sequer vale a pena investir a sério no FM? Depois da Onda Curta, da Onda Média, desinveste-se no FM... e a seguir vem o quê? Desinvestir no satélite e na Internet? E, finalmente, desinvestimento por desinvestimento, sem OC, sem OM, sem FM, sem DAB, porventura sem satélite e Internet, o que se faz a seguir? Fecha-se a rádio pública?
Que diria um português se chegasse a Paris e constatasse que a France Inter se escutava há 3 meses de forma medíocre na capital francesa? Que diria um responsável da RTP que fosse a um subúrbio de Londres e verificasse que a cobertura FM da BBC Radio 2 era deficiente? Será tão complicado facilitar os meios económicos para a aquisição de uma torre e um conjunto de antenas? Ou esgotaram o orçamento na organização do Festival da Eurovisão?

Já agora, e vindo em talho de foice, porque não encontrar uma solução para a (não) recepção satisfatória das três Antenas da RTP na região raiana do Baixo Alentejo, entre Barrancos e Mourão, passando por localidades como Vila Verde de Ficalho ou Sobral da Adiça? Ou quem vive no Alentejo profundo não tem o mesmo direito a ouvir as rádios ou públicas (pagas através da CAV) que os habitantes do Porto, de Coimbra ou de Faro? Que tal conceder à direcção técnica da rádio uma verba para a instalação de um emissor que solucione esta situação? Ou ninguém terá na sede da RTP um mapa de Portugal para concluir que o que está a leste de Beja não é um necessariamente deserto inserido no território espanhol, havendo várias localidades do nosso Portugal esquecidas pela rádio pública?

Afinal, a julgar pelos avultados investimentos nas redes de emissores da Antena 1, da Antena 2 e da Antena 3, efectuados nos últimos tempos, os lisboetas não têm direito a escutar condignamente as rádios públicas. Ironia à parte, os alentejanos da raia não têm direito a escutar as três Antenas. Outras situações haverá, de Norte a Sul do continente e passando pelas ilhas da Madeira e dos Açores, onde a obrigação de cobertura nacional da rádio pública não se encontra, claramente, a ser cumprida. Não seria altura de se ver, ainda em 2018, a nova administração da RTP aprovar um plano de manutenção e renovação, a curto e médio prazo, do parque de emissores das rádios? Ou as recomendações do Conselho Geral Independente da RTP caem em saco roto? Para a RTP, há ouvintes de primeira e ouvintes de segunda (excepto na hora de pagar a Contribuição Audiovisual), conforme a região do país onde vivem? Espero bem que não, mas...

Por último, senhores administradores da RTP, por que não aceitar o desafio de atribuir 1% da CAV directamente à direcção de engenharia da rádio? O dinheiro não chega para o marisco? Almoça-se carapau, de modo a haver meios para pagar as contas do mês.

segunda-feira, março 05, 2018

Rádio Onda Viva (Póvoa de Varzim) vandalizada por causa do futebol(!)

Há atitudes petulantes, protervas, indecentes, atrozes, pungentes... para não esgotar os adjectivos adequados, existentes na língua portuguesa. Segundo o "Jornal de Notícias", um grupo de flibusteiros acéfalos, para não dizer simplesmente "idiotas", ter-se-á dirigido às instalações da Rádio Onda Viva (Póvoa de Varzim), no intuito de vandalizar o edifício, com inscrições relativas ao futebol. Tudo por causa da decisão tomada pela rádio, no sentido de voltar a transmitir os relatos do Rio Ave FC.

Que o futebol move paixões, já sabemos. Não obstante, levar as guerras clubísticas ao ponto da violência exercida contra os meios de comunicação social, em nome de um fanatismo vazio de razão, jamais contribuirá para a defesa do verdadeiro espírito do desporto; saber respeitar os adversários é um exercício racional de cidadania e de inteligência. Estas provocações lamentáveis devem servir de incentivo às rádios para fazerem mais e melhor em prol do verdadeiro desporto, doa a quem doer, incomode quem tiverem de incomodar. Há quem não goste? Paciência. Se determinados espécimes animais Homo sapiens  adultos não se sabem integrar numa sociedade civilizada, tais criaturas deviam simplesmente ser proibidas de entrar num estádio de futebol, quanto mais aproximar-se de um estúdio de rádio.

Lisboa: torre da RTP (rádio) no Monsanto colapsa!

A RTP "viu", há uns meses (em Dezembro de 2017), a torre da rádio pública na Serra do Monsanto, em Lisboa, não resistir ao mau tempo, tendo esta sofrido danos consideráveis.

Perante tal imprevisto, as emissões FM dos canais do serviço público de rádio (Antena 1- 95,7 MHz, Antena 2 - 94,4 MHz, Antena 3 - 100,3 MHz e RDP África - 101,5 MHz) estão, para já, a ser asseguradas provisoriamente a partir da torre da Rádio Renascença, ainda que os emissores das quatro frequências estejam a operar com potência reduzida (apenas 2 kW).

Tratando-se "apenas" do emissor mais importante da Grande Lisboa e da região Sul (margem Sul do Tejo, além de toda a região da Estremadura,e, inclusivamente, algumas zonas do Ribatejo), esta situação resulta numa grave perda da integridade da rede de emissores da RTP-rádio, tanto mais que boa parte dos concelhos com maior população em Portugal vê-se agora com dificuldade para sintonizar de forma adequada as rádios públicas.

O último programa "Em Nome do Ouvinte", do dia 2 de Março, revela-se deveras esclarecedor: segundo o departamento de engenharia da rádio pública, a instalação de uma torre nova, incluindo elementos radiantes novos, custa 150000€ (0.08 % da contribuição audiovisual). Na conversa com o Provedor do Ouvinte, a Engenheira Ana Cristina Falâncio revela que a direcção técnica da emissora espera por uma resposta da administração da RTP, no sentido de libertar tal verba. Entretanto, a torre da Marinha portuguesa, utilizada pela Rádio Renascença, "carrega" 4 elementos radiantes apontados a Norte (para evitar interacções com os sinais das emissões do grupo RR), prejudicando a cobertura a Sul.

Tendo em conta a prática na RTP, que continua com a política de obrigar os técnicos a fazer os possíveis e os impossíveis para irem resolvendo os problemas com os escassos recursos que dispõem, a máquina bur(r)ocrática da gestão financeira do serviço público impede que, um problema grave que prejudica consideravelmente a recepção das rádios públicas através dos receptores dos ouvintes, seja resolvido de forma tão célere quanto possível. Afinal, falamos da maior concentração populacional do país que se vê parcialmente amputada do serviço público de rádio, não há uma semana, não há um mês, mas há 3 meses!

Face a este cenário - e enquanto a situação não for devidamente resolvida - resta aconselhar os ouvintes localizados na área de influência dos emissores no Monsanto que perderam qualidade de sinal, o recurso a frequências alternativas, quando disponíveis. Neste sentido, os ouvintes situados na zona ribeirinha da cidade de Lisboa, na zona Oeste da Capital, no concelho de Almada e nalgumas zonas dos concelhos de Oeiras e Cascais, poderão sintonizar a Antena 1, a Antena 2 e a Antena 3 através do emissor da Banática, nas frequências 99,4; 88,9 e 100,0 MHz, respectivamente. Por outro lado, os ouvintes em Sintra podem optar pelo emissor de Janas. Quanto à cidade de Lisboa e parte significativa da região a Norte de Lisboa, uma boa alternativa de escuta será a sintonia das frequências do Montejunto (Antena 1 - 98,3 MHz, Antena 2 - 88,7 e Antena 3 - 105,2 MHz). A Sul de Lisboa, é possível, em várias zonas, sintonizar em boas condições os emissores de Grândola (Antena 1 - 99,2 MHz, Antena 2 - 90,6 MHz e Antena 3 - 103,6 MHz). Em certas zonas, é possível sintonizar outros emissores em condições aceitáveis (Fóia [Serra de Monchique], Lousã etc.), pelo que, à falta de melhor solução, constituem alternativas a considerar. De recordar que uma possibilidade de escuta da Antena 1 em grande parte da Estremadura, Ribatejo e litoral alentejano é a sintonia em Onda Média (666 kHz Castanheira do Ribatejo). Esperemos (nós, contribuintes que pagamos, através da factura de electricidade, a contribuição audiovisual ) que a nova administração da RTP tenha o decoro de desbloquear rapidamente esta lamentável situação. Estamos a falar claramente de uma emergência técnica de, repito, 150000€, uma ninharia em comparação com outros custos na empresa.

terça-feira, fevereiro 27, 2018

TSF comemora 30 anos de vida

A TSF celebra 30 anos de emissões regulares. Tendo "nascido" no dia 29 de Fevereiro de 1988 e uma vez que o ano de 2018 não é bissexto, a estação realizará emissões especiais amanhã (dia 28 de Fevereiro) e na próxima quinta-feira (dia 1 de Março), ao vivo entre as 8 e as 23h, a partir do Terreiro do Paço, em Lisboa e da estação de Metro da Trindade, no Porto, respectivamente.

Sem dúvida, uma excelente iniciativa para aproximar a rádio aos ouvintes, numa altura em que, mais do apenas comemorar o aniversário da TSF, deve-se comemorar o aniversário de uma rádio jornal que mudou o panorama radiofónico e jornalístico em Portugal.

terça-feira, fevereiro 13, 2018

Dia Mundial da Rádio

Um dos meus primeiros "companheiros" desta constante viagem pelo mundo da rádio


Em pleno Dia Mundial da Rádio, sinto-me compelido  a lançar  uma questão: onde está a rádio? A resposta, quiçá um pouco inesperada, será, a meu ver, que a rádio está em casa, no carro, no escritório, na fábrica, na rua, no estádio de futebol, no comboio, no autocarro, até no metropolitano, no avião, para nem falar locais menos agradáveis como o hospital ou a prisão. Com efeito, a rádio está em todo o lado, assim haja um ouvinte interessado em ouvi-la e tenha um meio tecnológico (receptor, telefone etc.) para o fazer.

Atrever-me-ia a afirmar que o maior trunfo da rádio sobre os restantes meios de comunicação social, de informação e entretenimento, não será somente facilidade de acesso, mas também a inegável vantagem de se concentrar num único sentido, o da audição. A trabalhar, a estudar ou a viajar, é  possível ter o som da rádio a acompanhar-nos enquanto estamos ocupados com alguma tarefa. Esta flexibilidade contribui para o sucesso da rádio perante o advento de outros meios, como a televisão ou a Internet, que poderiam ameaçar o futuro da rádio. Em vez disso, a rádio soube adaptar-se a novos paradigmas de comunicação, mantendo a sua inconfundível "magia", que atrai milhões de ouvintes em todo o mundo.

Não podemos ignorar que o perfil de consumo das emissões radiofónicas mudou ao longo dos anos. As novas tecnologias influenciam a forma como se ouve rádio e se acede aos conteúdos oferecidos pelas estações de rádio; a emergência da Internet veio quebrar as barreiras geográficas que limitavam o alcance de uma emissão de rádio a uma região, a um país ou até a outros países. A massificação do "online" permite a uma rádio local algarvia ou transmontana fazer-se ouvir em Paris ou Toronto. Nunca, na História da humanidade, foi tão fácil como hoje escolher entre, literalmente, milhares de rádios oriundas dos 4 cantos do mundo e ouvir num aparelho que cabe no bolso. Estou convicto que o grande desafio das emissoras será a produção de conteúdos inovadores que se destaquem entre as inúmeras alternativas, incluindo os serviços de música via "streaming", como o "Spotify" ou a "Apple Music". O "podcasting" é uma ferramenta extremamente útil para aproximar os ouvintes da "sua" rádio, permitindo-lhes ouvir os seus programas favoritos onde e quando quiserem. As webrádios podem oferecer conteúdos diferentes dos transmitidos pelas rádios hertzianas. O que não falta, em 2018, são meios  para aproveitar o melhor da Internet a favor da rádio.

Inobstante as considerações anteriores e a título pessoal, eu acredito que a rádio hertziana vai conviver com a rádio "online" por muito tempo. Se a Internet ainda não é um direito universal, não é menos verdade que se trata de um serviço pago, ao qual acresce o custo do equipamento informático para o acesso à rede global (computador, smartphone, tablet etc.). Além disso, a Internet depende de uma complexa infra-estrutura que tem vulnerabilidades que comprometem o seu funcionamento, mormente em situações de catástrofe. A contrastar com estas contingências, um pequeno receptor de rádio hoje pode ser ridiculamente barato e, inclusivamente, pode nem precisar da rede eléctrica ou de pilhas, porquanto tem uma bateria que pode ser carregada por uma pequena manivela (dínamo) ou até por energia solar. As tragédias ocorridas em Portugal no ano passado (2017) demonstraram claramente a importância das emissões FM quando não havia corrente eléctrica, as redes móveis estavam inoperacionais, a televisão não tinha sinal e a Internet fixa também não funcionava. Até a continuação do FM pode ser colocado em causa, como ocorre na Noruega, todavia a rádio hertziana, analógica ou digital (DAB, satélite etc.), apresenta uma versatilidade inigualável, incluindo o acesso gratuito.

Para terminar, é minha convicção que a rádio, no sentido mais genérico da palavra, pode ter futuro, assim saiba arriscar e moldar-se aos interesses e ambições das gerações mais novas. Porque, como dizia Antoine de Saint-Exupéry, "o essencial é invisível aos olhos".

segunda-feira, fevereiro 05, 2018

Faleceu o jornalista Pedro David

O jornalista  Pedro David, que fazia as madrugadas da TSF, faleceu esta segunda-feira, vítima de cancro. Tendo iniciado a carreira profissional na Rádio Renascença, passou mais tarde pela MCR, onde durante 10 anos editou os noticiários da Rádio Comercial, M80,Cidade FM, Rádio Clube Português. Nos últimos anos, acumulava a actividade profissional na TSF com a de locutor de continuidade na TVI.

À família enlutada e aos amigos do Pedro David, apresento as minhas condolências. Que descanse em paz.

quarta-feira, janeiro 31, 2018

SIRESP: depois de casa ardida, antenas novas!

Se a cultura popular diz que depois de casa arrombada, trancas à porta, o provérbio devia ser adaptado para o caso do SIRESP: depois de casa ardida, antenas novas.

Depois das tragédias fatídicas do Verão e Outono do ano passado, alturas em que o SIRESP falhou enquanto grande parte do país ardia, parece que alguém percebeu finalmente o conceito de redundância da rede. O SIRESP prepara-se para instalar 451 antenas até Maio. Este investimento  visa reforçar o sinal nas regiões com risco considerável de incêndio.

Quem acompanha o meu trabalho neste blogue e no site "Mundo da Rádio" sabe que não é a primeira vez que aponto as vulnerabilidades do sistema SIRESP. Parece que a classe política só acordou para os problemas de concepção e implementação do SIRESP depois de lerem os relatórios que "puseram a nu" o que os técnicos e os utilizadores da rede receavam há anos.. Infelizmente, para os mais de 100 mortos, o reforço de sinal do SIRESP vem tarde demais.

AVFM (Ovar) vai mudar de frequência, dos 98,7 para os 98,6 MHz

É já amanhã, no dia 1 de Fevereiro, que a "AVFM", estação local do concelho de Ovar (no Distrito de Aveiro) vai alterar a sua frequência de emissão, dos actuais 98,7 para os 98,6 MHz.

Esta alteração, feita, para já, a título experimental com o aval da ANACOM, visa a minimização das interferências dos sinais de outros emissores (Antena 1 - emissor na Maunça e R. Voz do Neiva (Vila Verde), ambos também a operar nos 98,7) na AVFM, que prejudicam a cobertura da rádio inclusivamente dentro do perímetro do concelho de Ovar.

quinta-feira, janeiro 25, 2018

Bélgica: RTBF decreta o fim das emissões na Onda Média para o final deste ano

Mais uma triste notícia para a Onda Média. A Radio-Télévision belge de la Communauté française (RTBF), operador público da Bélgica francófona, vai encerrar, no final do corrente ano de 2018,  as emissões OM, substituindo-as pela rádio digital DAB+.

De referir que, na OM, a RTBF opera os canais de rádio "RTBF Internacional" (621 kHz) e o "Vivacité" (1125 kHz).

Nuno Artur Santos sai da administração da RTP

Não tenho por prática comentar mudanças nas administrações dos operadores radiofónicos (e, neste caso, televisivo), todavia, neste caso, por se tratar da RTP, prestador do serviço público de rádio e televisão, abro uma excepção.

O administrador da RTP com o pelouro dos conteúdos, Nuno Artur Silva, vai abandonar o cargo. Tal situação não seria uma notícia muito relevante, não fosse a ligação do visado à empresa "Produções Fictícias", detentora do canal de televisão "Q". Não bastasse esta relação, acrescente-se a compra, por parte da RTP (há uns anos), de várias séries realizadas pelas PF.

Sendo evidente o conflito de interesses resultante da manutenção, na RTP, de um administrador com fortes ligações a uma produtora (participação económica), que por sinal tem um canal de televisão disponível nos operadores de TV paga, vejo, a título pessoal, a saída do Nuno Silva como uma inevitabilidade. Os cidadãos contribuintes e consumidores de electricidade exigem que uma empresa estatal como a RTP tenha, na sua administração e demais órgãos, pessoas isentas da mínima suspeita derivada da sua relação com empresas com as quais a RTP tenha (ou teve) relações comerciais. Como cidadão, ouvinte de rádio e, por vezes, telespectador, espero que a sucessão no quadro administrativo da RTP decorra sem problemas e com as pessoas certas (sem uma réstia de suspeição) no lugar certo, assegurando uma boa gestão da empresa durante os próximos anos.

sábado, janeiro 13, 2018

Angola: Rádio Ecclesia com cobertura nacional?

Porque o mundo da rádio na língua portuguesa não se limita a Portugal e ao Brasil, parece que a Rádio Ecclesia, emissora católica angolana congénere da Rádio Renascença, tem boas notícias: a esração, que em tempos idos chegou a emitir na Onda Curta, poderá, finalmente, ser autorizada a estender o seu sinal a todo o território angolano, uma velha pretensão da Igreja que até agora foi recusada ou adiada pelo anterior executivo liderado por  José Eduardo dos Santos.

De recordar que a Rádio Ecclesia só tem direito a uma frequência VHF-FM, nos 97,5 MHz, servindo a região de Luanda. Aparentemente, a nova presidência, na pessoa de João Lourenço, continua a confrontar os poderes instalados no país e o nepotismo em sectores vitais do país, incluindo a comunicação social. Esperemos para ver...